PUBLICIDADE

Norte Energia: índios desocupam canteiro de Belo Monte

PUBLICIDADE

Por Ayr Aliski
Atualização:

A Norte Energia informou na tarde desta quarta-feira que, após dois dias de reuniões em Altamira (PA) com lideranças indígenas do Médio Xingu, houve um entendimento que permitiu a desocupação nesta manhã do sítio Pimental, um dos canteiros da usina hidrelétrica Belo Monte. A empresa acrescentou que, desde o dia 21 de junho, o local estava ocupado por índios das etnias Juruna, Xikrin, Arara da Volta Grande, Kaiapó e Parakanã.Segundo a Norte Energia, os índios aceitaram as propostas apresentadas pela empresa, com algumas reivindicações atendidas imediatamente. Algumas questões serão discutidas dentro de dois comitês. Um comitê monitorará a vazão à jusante do rio Xingu. Outro acompanhará as condicionantes do "Projeto Básico Ambiental - Componente Indígena (PBA-CI)".Em até 15 dias, deverão ser indicados os representantes indígenas para os comitês, o que permitirá o início dos trabalhos. A empresa disse que nessas negociações foram envolvidos não apenas os indígenas que estavam ocupando o sítio Pimental, mas outros de etnias da área de influência da usina de Belo Monte.Além do documento final assinado pelo diretor-presidente da Norte Energia, Carlos Nascimento, e dirigido a cada uma das várias lideranças indígenas, ficou definido que haverá um cronograma para reapresentação do sistema de transposição do Rio Xingu e de atendimento a algumas das demandas emergenciais.Quanto à proteção das terras indígenas, a Norte Energia comprometeu-se a entregar cinco bases operacionais e dois postos de vigilância. As duas primeiras unidades serão implantadas nas aldeias dos Arara da Volta Grande e na Koatiemo, com conclusão prevista até setembro.No encerramento das negociações, Nascimento afirmou que "o entendimento sempre prevalece". Ele destacou a importância do esforço de instituições governamentais no acordo. Conforme a Norte Energia, participaram do debater representantes da Secretaria Geral da Presidência da República e da presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.