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No Senado, sócio da VarigLog deve poupar governo

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Por AE
Atualização:

O governo não precisa se preocupar com o depoimento do empresário Marco Antonio Audi, sócio da VarigLog, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, amanhã. O empresário tem dito a amigos que vai elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Seu alvo não é o governo, mas o advogado Roberto Teixeira, que hoje está do lado de seu maior inimigo, Lap Chan, do fundo Matlin Patterson. Audi tampouco nutre simpatia pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, que depôs no Senado na semana passada, convocada para prestar esclarecimentos sobre a entrevista dada ao Estado. Denise acusa a ministra Dilma de pressionar a agência para favorecer interesses da VarigLog e da Varig, clientes do advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Lula. O empresário deve repetir as acusações feitas ao Estado no início do mês, quando declarou que ?a influência de Roberto Teixeira foi 100% decisiva? para aprovar a composição acionária da VarigLog e a autorização operacional da nova Varig. Audi não deve fazer, contudo, nenhuma revelação sobre a ligação de Teixeira com o governo - ou sobre o destino dos honorários advocatícios e taxas de sucesso que, segundo Audi, somam US$ 5 milhões. Mas a previsão é de que o contrato com o advogado seja apresentado. No momento em que Audi estiver no Senado, um julgamento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pode ser decisivo para o futuro da VarigLog. A 7ª Camara de Direito Privado do TJ julga amanhã o recurso dos sócios brasileiros contra uma decisão liminar do juiz auxiliar da 17ª Vara Cível de São Paulo, José Paulo Magano, que os afastou da gestão e do controle acionário da VarigLog. Caso os desembargadores do TJ julguem pela manutenção da exclusão dos brasileiros, a companhia corre o risco de ter a concessão cassada e todo o negócio pode ser anulado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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