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No Senado, insatisfação no PMDB pode ser obstáculo à CPMF

Onze senadores estão ameaçando votar contra o imposto do cheque se o Planalto não resolver nomeações

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Por Redação
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Se quiser aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF) no Senado sem nenhuma alteração, o governo terá que remover obstáculos no PMDB. Um grupo de 11 dos 19 senadores do partido está ameaçando votar contra o imposto do cheque se o Planalto não resolver os problemas da bancada, como nomeação de cargos. Veja também: Especial sobre a CPMF  Por CPMF, governo cede em fim de voto secreto O clima de insatisfação ficou explícito nesta quarta durante jantar na casa do senador Valter Pereira (PMDB-MS). Os peemedebistas mais aguerridos e que sempre votam com a oposição não participaram. Ausentes também estavam figuras importantes do partido como o senador José Sarney (PMDB-AP) e os líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e do Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA).Sob o comando do líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), presente ao encontro, os senadores querem por fim ao que Valter Pereira chamou de "submissão" ao governo. Além de estarem descontentes com a operação política do Planalto, os senadores fizeram queixas duras e diretas à atuação de Jucá. "O problema está com a postura de Jucá. Ele fala pelo governo e não pelo partido", disse Pereira. A irritação de Raupp com o líder do governo ficou pública hoje pela manhã quando ele reclamou que não fora consultado sobre o acordo celebrado ontem com a oposição que resultou na desobstrução da pauta desta quarta. O grupo de 11 senadores do PMDB quer negociar a prorrogação da CPMF. "A CPMF promete. Ninguém vai empurrar a CPMF sobre nós", concluiu Valter Pereira, que promete votar contra a prorrogação do imposto do cheque se o governo não negociar mudanças no Senado.

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