A presidente Dilma Rousseff editou este ano 22 medidas provisórias (MPs) menos que seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro ano de governo. Dilma usou o instrumento 36 vezes desde que tomou posse, enquanto Lula publicou 58 textos no ano de 2003, segundo números do Palácio do Planalto.
Com força de lei, as MPs são criadas a partir de decisões da Presidência da República, sem a necessidade de aprovação imediata pelo Congresso. Elas só precisam ser avaliadas pelos parlamentares 120 dias depois que são publicadas e passam a valer. A Constituição afirma que os governantes só devem recorrer a essa ferramente "em caso de relevância e urgência".
Entre as medidas editadas por Dilma em 2011 estão alterações na base de cálculo do Imposto de Renda, o incentivo à produção de tablets no Brasil e a criação de programas de fomento às exportações. A última MP publicada pela presidente, no dia 27 de dezembro, criou um sistema de cadastro e acompanhamento de gestantes, com o objetivo de reduzir a mortalidade materna.
No primeiro dia de 2003, Lula editou uma medida provisória para reestruturar seu ministério, que incluiu a criação do Ministério do Turismo e do já extinto Ministério de Segurança Alimentar e Combate à Fome. No último dia de 2010, o Diário Oficial da União publicou seis MPs - entre elas, a que estabeleceu o salário mínimo de R$ 540.
Em média, Lula editou 52 medidas provisórias por ano. Em 2004, usou o instrumento o maior número de vezes: 73. Em 2009, publicou apenas 27.