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No ABC, troca de acusações e ataques pessoais fecham campanha no 2º turno

Por Joaquim Alessi e São Bernardo do Campo
Atualização:

Nas três das sete cidades do ABC onde ocorre segundo turno (Santo André, São Bernardo e Mauá), o clima esquentou ainda mais ontem, antevéspera da eleição. Panfletos apócrifos, acusações de destruição de material e denúncias à polícia marcaram as ações de todos os candidatos envolvidos na disputa. O PT tem candidato nas três cidades. Em Santo André, Vanderlei Siraque disputa com Aidan Ravin (PTB). Em São Bernardo, o ex-ministro do Trabalho e da Previdência Luiz Marinho enfrenta Orlando Morando (PSDB). E em Mauá, o ex-prefeito Oswaldo Dias, que já governou a cidade duas vezes, concorre com Francisco Esmeraldo Felipe Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB). Em Santo André, inúmeros carros de som dos dois candidatos tomaram as ruas para tentar convencer o eleitorado. O principal desafio é fazer com que os cerca de 32% dos eleitores que se abstiveram, votaram nulo ou em branco no primeiro turno compareçam às urnas amanhã ou mudem de idéia. Já em São Bernardo, debate entre Marinho e Morando transmitido pela TV Mais terminou nos primeiros minutos da madrugada de ontem. Logo no início, o tucano exibiu fotos para mostrar que placas suas "foram levadas pelo vento". "É curioso que o vento só atinja nosso material", disse Morando, insinuando que teve placas arrancadas propositalmente. Do lado petista, o advogado Humberto Rocha pediu abertura de inquérito policial contra Morando, que declarou a um jornal regional que São Bernardo viveu um caos de 1989 a 1992, quando foi governada pelo petista com Maurício Soares, que teria até sido agredido duas vezes pelo então vice-prefeito, Djalma Bom. Os dois sentiram-se ofendidos com as declarações. A eleição é a mais disputada da história de São Bernardo. Prova disso é que o debate também foi transmitido pela internet, além de passar na TV Mais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou várias vezes que ganhar nessa cidade do ABC é ponto de honra. Em Mauá, a baixaria extrapolou todos os limites. De um lado, panfletos associaram o nome de Chiquinho do Zaíra (PSB) à embriaguez, enquanto na outra ponta materiais relacionaram Oswaldo Dias (PT) aos candidatos com "ficha suja". A Justiça Eleitoral interveio e proibiu divulgação dos materiais.

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