No 1º dia, palhaços como recepcionistas

Intenção do PT era descontrair

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Dois palhaços com nariz vermelho e sapatos coloridos de bico fino recepcionaram ontem participantes do 3º Congresso do PT, na entrada do Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Contratados pela Secretaria de Cultura da sigla, faziam de tudo para descontrair o ambiente, com "entrevistas" transmitidas por um alto-falante. "Fomos chamados para tornar o clima menos tenso", disse Alessandro Azevedo, mais conhecido como palhaço Charles, da Cia. Raso da Catarina. "Está todo mundo nervoso por causa das teses e das ideologias. É uma disputa interna de poder." Charles é filiado ao PT e simpatizante da Articulação de Esquerda. Questionado se acreditava no envolvimento de petistas do antigo Campo Majoritário no mensalão, desconversou. "Costumo não dar opinião sobre o que não sei." Depois, pensou um pouco e emendou: "Mas onde há fogo há fumaça." Ao seu lado, o palhaço Tchutchuco (Renato Paio, que diz não ter partido) caiu na gargalhada. "É o contrário. O ditado é ?onde há fumaça há fogo?.". Com uma buzina do tipo Chacrinha e um chapéu preto, Charles fez cara de paisagem. "Ih, é mesmo! Eu troquei as bolas." Além da dupla, a empresa contratada pelo PT promete levar hoje ao encontro malabaristas e integrantes das Farc. Mas não as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. "É a Frente Acrobática Raso da Catarina, ligada ao Hip Hop", brincou Charles, sem revelar o cachê. Paralelamente, militantes vendiam livros de esquerda, camisetas com o presidente Lula e Che Guevara. Na barraca da tendência Esquerda Marxista, uma camiseta chamava a atenção. "Oposição petista ao governo Lula - Pagar a dívida externa também é corrupção", dizia. Cada camiseta era vendida por R$ 10.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.