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'Ninguém conseguiria governar sem a CPMF', diz Lula

Presidente diz que aqueles que acham simples acabar com o tributo 'deveriam propor isso para depois de 2010'

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Por Redação
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu os deputados federais que votaram a favor das Medidas Provisórias(MP) nesta madrugada, e assim, destrancaram a pauta para votar a CPMF. Para Lula, "ninguém conseguiria governar sem a CPMF". A votação  não deverá ser concluída nesta quarta, já que a oposição utiliza mecanismos regimentais que facilitam a obstrução.   Veja também: Especial sobre a CPMF  Aliados aproveitam para cobrar cargos Suspensão de MPs reforça problema da insegurança jurídica Câmara aprova MP e abre caminho para a CPMF   "Qualquer pessoa de juízo, a não ser os que querem inviabilizar o País, sabe que eu não poderia abrir mão da CPMF. Nenhum governo, do PMDB, PT, PSDB, PFL ou de qualquer outro partido, conseguiria governar sem a CPMF", afirmou.   Segundo o presidente, que participou da cerimônia de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento - Funasa nesta manhã - já foi provado que o Congresso Nacional consegue melhorar muitos projetos enviados pelo governo. E ao agradecer o apoio dos parlamentares, criticou os que só vêem desgraça. "Entre críticas e elogios e entre altos e baixos o Congresso tem dado sua contribuição", afirmou.   Com relação à proposta do governo de prorrogação da CPMF, Lula disse que aqueles que acham que é simples acabar com o tributo deveriam propor isso para depois de 2010. " Lula disse também que se o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), conseguir votar tudo o que está pendente na Casa, "os cabelos brancos dele vão ficar mais pretos".   O plenário rejeitou no começo da sessão, por 252 votos a oito e 20 abstenções, o requerimento do PSDB para adiar por dez sessões a discussão da prorrogação da CPMF e da DRU.   A previsão é que as sessões desta quarta, marcadas para votar o projeto, se estendam até a madrugada.   Obstruções       A primeira sessão começou às 10h30, mas só houve quórum (mínimo de 257 deputados) para iniciar a discussão às 12h05. A oposição pediu agora a retirada da discussão do projeto por dez sessões em um requerimento típico de obstrução. No início da tarde, há mais deputados de oposição no plenário do que governistas.   Para atrasar a votação e a aprovação do projeto, a oposição poderá lançar mão de vários requerimentos para tirar a proposta de pauta, para adiar a discussão e a votação por diferentes períodos. Com maioria, o governo consegue derrubar os requerimentos com facilidade, mas esse procedimento toma tempo de discussão e de votação. Passada essa fase preliminar, quando o conteúdo do projeto entrar em discussão, outros mecanismos poderão ser usados para atrasar a votação.   A oposição deverá apresentar emendas aglutinativas ao projeto e os chamados destaques, que obrigam a votação de parte da proposta de forma separada. Como se trata de emenda constitucional, as votações dos destaques feitos por bancadas necessariamente terão de ser nominais com registro no painel eletrônico. Antes dessas votações, no entanto, há tempo para falar a favor e contra a proposta. Além disso, os líderes têm tempo para orientar suas bancadas.

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