Neurocientista Miguel Nicolelis transfere título para SP e declara voto em Haddad

Diretor do Instituto Internacional de Neurociência de Natal colaborará no programa do petista

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Por Fernando Gallo
Atualização:

SÃO PAULO - O neurocientista Miguel Nicolelis declarou nesta terça-feira, 8, voto no pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Nicolelis disse que seus pais o estão ajudando na transferência do título de eleitor do Rio Grande do Norte, onde comanda o Instituto Internacional de Neurociência de Natal, para a capital paulista. Ele corre contra o tempo, pois o prazo se esgota nesta quarta.

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"Não tenho a menor dúvida de que o ministro Fernando Haddad é o melhor candidato para prefeito de São Paulo, para transformar e criar um novo espírito nessa cidade", disse. "Vou transferir o meu voto do Rio Grande do Norte só para votar nele. Essa eleição é uma eleição emblemática pro Brasil e para São Paulo”.

Nicolelis, que vai ajudar a elaborar a parte de ciência e tecnologia do programa de governo de Haddad, participou de um seminário organizado pela pré-campanha petista sobre o tema. Durante sua fala, classificou o pré-candidato como "o melhor ministro da Educação que o Brasil já teve". Haddad, quando no ministério, destinou verbas federais para a construção de um centro de referência e pesquisa em neurociência na cidade de Macaíba (RN).

O cientista afirmou que a principal medida que a cidade tem de tomar para explorar seu potencial em ciência e tecnologia é a elaboração de um programa de educação científica em todos os níveis da rede de ensino.

“O passo inicial é educação cientifica. É trazer pra São Paulo um novo programa de educação cientifica desde o nascimento até a universidade. Nós temos que disseminar a formação de professores de ciência e educação de ciência de alto nível na rede municipal”, disse.

Segundo ele, o Brasil é um dos poucos países do mundo que não tiram proveito da “grande criatividade natural da sociedade para a produção cientifica”. “Nós fazemos isso na arte e em outros domínios, mas não democratizamos a produção científica.”

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