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'Não tem problema se Cunha falar de mim ou de Moreira Franco', diz presidente da Câmara

Para Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma eventual colaboração do peemedebista com a Justiça, por meio de delação premiada, também não deve prejudicar o governo Michel Temer

Por Igor Gadelha (colaborou Daiene Cardoso)
Atualização:
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia Foto: André Dusek/Estadão

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, RodrigoMaia (DEM-RJ), afirmou na tarde desta quinta-feira, 20, que não está preocupado com uma possível delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso preventivamente nessa quarta-feira, 19. Para Maia, uma eventual colaboração do peemedebista com a Justiça também não deve prejudicar o governo Michel Temer.

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"Tem problema não. Não recebi nenhum recado", afirmou Maia, ao ser questionado sobre recados que Cunha tem enviado, por meio de aliados, de que poderia apontar possíveis crimes cometidos pelo atual presidente da Câmara e por Moreira Franco, secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do governo federal e sogro de Maia. "Não recebi nenhum recado. (...) Minha relação com ele sempre foi política", disse.

Maia também avaliou que a prisão do ex-deputado não deve atrapalhar as votações das propostas econômicas do governo Michel Temer na Casa. "Tenho convicção de que governo Michel Temer vai aprovar as matérias no momento adequado", afirmou. "Não acredito mesmo que nenhuma delação (de Eduardo Cunha) vá prejudicar o governo", acrescentou, em entrevista coletiva ao chegar à Câmara.

O deputado do DEM afirmou ainda que a prisão preventiva de Cunha foi uma "notícia triste". "A prisão de um ex-presidente da Casa não é uma notícia feliz para ninguém", afirmou. Maia não quis comentar comentar a permanência do ex-deputado no apartamento funcional da Câmara, mesmo mais de um mês após ter o mandato cassado. "Não vamos polemizar nisso", disse, afirmando que a Casa cuidará do assunto. 

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