Não houve recuo em promessa de acabar com a pobreza, diz Dilma

Após sofrer críticas da oposição por declarações de que não conseguiria erradicar a miséria em seu governo, Dilma afirma que fará 'grande esforço'

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Por Redação
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COIMBRA - A presidente Dilma Rousseff tentou justificar nesta terça-feira, 29, porque admitiu que seu mandato pode não ser suficiente para erradicar a miséria no País, respondendo às críticas e às ironias à sua postura pela oposição.Em entrevista, após assegurar que "não houve recuo" em sua promessa de campanha de acabar com a miséria, a presidente Dilma declarou: "nós vamos fazer um grande esforço nos meus quatro anos de governo para fazer a eliminação da pobreza, mas chega a um ponto que é o como o caso do programa Luz para Todos, que conseguimos atender os 12 milhões que não tinham luz elétrica que supúnhamos que era a população brasileira que viva no escuro e descobrimos que existiam mais 1,5 milhão". De acordo com Dilma, a medida que o governo aprofunda no combate à pobreza, há uma certa "elasticidade"."Ninguém pode prometer que a eliminação da pobreza é igual a zero", afirmou Dilma, que havia colocado a questão entre as metas de seu governo. "Você pode tender a isso (a zero) e apostar que você vai se aproximar do foco", observou ela, sem querer precisar se o número de miseráveis no Brasil é de 14 milhões, 19 milhões ou 21 milhões. Estes números, na sua avaliação, só vão poder ser conhecidos quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) liberar os microdados da pobreza.As declarações de Dilma foram dadas no primeiro dia de visita dela a Portugal, após viver um dia de tietagem na universidade de Coimbra, no melhor estilo do seu antecessor. Dilma foi assediada não só pelos estudantes portugueses, mas também pelos brasileiros. Os portugueses chegaram a jogar as suas togas, para Dilma pisar ao entrar na escola, em reverência à chefe de governo. Nesta quarta-feira, 30, ela retorna à universidade para a concessão do título de doutor honoris causa a Luiz Inácio Lula da Silva, solenidade que será, agora, simples e sóbria, em razão da morte do ex-vice presidente Alencar, embora vá contar com a presença do presidente português, Cavaco Silva.

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