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Não há plano B em caso de derrota, diz Mares Guia

Por Jacqueline Farid
Atualização:

O governo "não tem um plano B" para o caso de não-aprovação da continuidade da CPMF, segundo disse ontem o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia. Ele acenou com a possibilidade de redução gradual da alíquota, ainda no atual governo. O ministro explicou que a proposta de emenda constitucional que prorroga a CPMF abre espaço para a criação de um futuro projeto de lei que levaria à queda gradual da contribuição. Segundo ele, essa redução poderia começar 2009, "na medida em que a sustentabilidade macroeconômica se mantiver". Mares Guia, que participou ontem de reunião sobre bioenergia na sede do BNDES, no Rio, disse estar otimista sobre a aprovação da prorrogação da CPMF no Congresso, mas admitiu que "não é fácil". Acrescentou que esta semana será de intensas negociações e o governo trabalhará "de forma coordenada" para garantir a vitória. "Vamos a todos os senadores, todos os partidos, queremos conversar com a oposição", disse. "Vamos trabalhar 24 horas por dia até o fim do ano. Nosso calendário é aprovar até 18 ou 19 de dezembro, mas se aprovarmos no dia 22 de dezembro está bem", afirmou. Para ele, o licenciamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderá ajudar nesse processo, já que o Congresso "volta à normalidade". Mares Guia está certo de que o governo não terá dificuldade em provar que a CPMF é fundamental para a continuidade dos investimentos. Ele explicou que, dos R$ 40 bilhões a serem arrecadados com a alíquota em 2008, R$ 20 bilhões irão para a saúde e o restante será dividido entre a Previdência e o Fundo de Pobreza. O ministro argumentou também que a continuidade da contribuição é fundamental para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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