
25 de agosto de 2013 | 18h14
Para Odorico esta situação "já é uma prática normal no Conselho Regional de Medicina (CRM). Inclusive aqui em Fortaleza nós tivemos isso. Vários brasileiros que se formaram em Cuba fizeram suas especialização aqui com o CRM provisório".
Segundo Odorico, os cubanos "não podem dar plantão em hospital, não podem fazer cirurgia, ele não pode fazer anestesia. Ele não pode fazer nenhum procedimento cirúrgico e clínico em plantão fora da unidade de saúde. Ela vai fazer única e exclusivamente a atenção básica. Ela vai atuar no Programa Saúde da Família."
"O Revalida é para o médico que quer exercer plenamente a medicina no Brasil. Ela valida o seu diploma e aí ele pode dar plantão em hospital, fazer cirurgia, fazer anestesia de acordo com a especialidade dele. Por exemplo, hoje, em todo o Brasil, houve prova do Revalida para este pessoal", afirmou o secretário.
Sobre a resistência do Conselho Federal de Medicina ao caso, Odorico Monteiro diz que ela "é natural, mas estamos abertos ao diálogo. Mas o mais importante é que ninguém no Brasil pode ser contra a assistência à população. Existe verdadeiramente uma população brasileira que mora no interior dos estados, no Norte e Nordeste e na periferia das grandes cidades que está desassistida por falta de médico".
Para ele o "Mais Médicos é um projeto de médio e longo prazos, envolvendo investimentos na infraestrutura, criação de novas vagas em cursos de Medicinas e a ampliação da Residência Médica. Nós queremos que em 2017, para cada médico formado no Brasil, tenha uma vaga de especialidade. E a nossa meta é que em 2026 nós tenhamos o que a Inglaterra tem hoje: 2,7 médicos por mil habitantes. Nós hoje temos 1,8. Nós somos lanternas no mundo na relação médico por mil habitantes".
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