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Não financiamos gastos no exterior, diz Coutinho na CPI da BNDES

Em depoimento à comissão, presidente do banco afirma que financiamento de serviços de engenharia realizados fora do Brasil não envolve envio de moeda a outros países

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, apresentou na manhã desta quinta-feira, 27, a estrutura de funcionamento, os principais produtos, e detalhes do balanço do banco de fomento durante depoimento à CPI da Câmara dos Deputados que investiga a atuação da instituição entre 2003 e 2015.

Coutinho abriu sua participação dizendo que o BNDES tem uma atitude de colaboração e transparência com a Comissão Parlamentar de Inquérito e ressaltou que a entidade não financia gastos no exterior.

Presidente do BNDES, Luciano Coutinho Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

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"Os recursos são liberados à medida que os tomadores comprovem a execução dos projetos. Uma vez concluídos os projetos, o acompanhamento permanece para verificar se o empreendimento está tendo a performance que foi planejada. Esse processo decisório para a aprovação de crédito envolve mais de 50 pessoas em vários comitês do banco", explicou.

Segundo ele, nos financiamentos à exportação, o processo ainda passa por uma fase de aprovação fora do BNDES, já que essas operações demandam também um seguro de crédito. Nesses casos, a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores (ABGF) calcula o risco desses negócios. Quando há equalização de juros, continuou Coutinho, o processamento também passa pelo Tesouro Nacional.

O presidente do BNDES ressaltou que o financiamento de serviços de engenharia realizados no exterior não envolve o envio de moeda para outros países. "O BNDES desembolsa (o crédito) em reais no Brasil para o exportador. Já o importador fica com uma obrigação de pagamento ao banco, em moeda forte. Não financiamos gastos no exterior, mas apenas produção no Brasil, que gere renda no País", acrescentou.

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