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Não existe força relevante que possa apostar no sentido contrário à democracia, diz Jungmann

Ministro da Segurança Pública voltou a defender declarações do general Villas Bôas

Por Renan Truffi
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, voltou a defender nesta quinta-feira as declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Na avaliação dele, não houve qualquer intenção do comandante de fazer menção a um possível "atalho no processo democrático". Jungmann defendeu ainda que "não existe" hoje "nenhuma força relevante que possa estar apostando no sentido contrário à democracia."

Ministro da Segurança, Raul Jungmann, beijando a cabeça do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, durante solenidade de promoção de generais oficiais, em Brasília. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Na noite de terça-feira, às vésperas do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Villas Bôas disse em suas redes sociais que repudia a "impunidade" e que o Exército "está atento às suas missões institucionais".

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"Eu repito, não houve qualquer pressão do general ou menção sobre atalho no processo democrático. A gente vai junto com todos brasileiros decidir com muita alegria qual será o futuro do Brasil em outubro porque isso ninguém vai tomar dos brasileiros e brasileiras, a democracia é algo consolidado e irreversível", afirmou.

"Muitas vezes a gente vive ansiedades, dificuldades, tropeços, mas a caminhada da democracia do Brasil ninguém vai obstar até porque não existe nenhuma força relevante, importante, hoje que possa estar apostando no sentido contrário", complementou.

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Jungmann também argumentou que "mesmo aqueles com posições extremadas ou extremistas não estão negando o processo eleitoral". "(Eleição) é o caminho correto para cuidar dos males do Brasil, portanto, eu então quero dizer para os brasileiros colocarem em dia seu título de eleitor porque vamos votar em outubro", assegurou.

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Ao final, o ministro também minimizou o fato do presidente Michel Temer ainda não ter se pronunciado sobre as declarações de Villas Bôas, ainda que a repercussão tenha sido negativa. "Villas Bôas é um soldado exemplar, um líder respeitado e um democrata, reúne virtudes muito republicanas. Não vejo por que Temer tenha que se pronunciar sobre a fala, um tweet do comandante do Exército", disse.

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