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Para Ciro Gomes, Cunha é 'o maior vagabundo de todos'

Ex-ministro aproveitou o ato em que se filiou ao PDT para criticar o presidente da Câmara e comentar a condenação de Cid, que terá que pagar R$ 50 mil por ter chamado Eduardo Cunha de 'achacador'

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Por Bernardo Caram
Atualização:

Brasília - O ex-ministro Ciro Gomes assinou na tarde desta quarta-feira, 16, a filiação ao PDT. Em ato na sede do partido, em Brasília ele não poupou críticas ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem chamou de "o maior vagabundo de todos". A fala ocorre no mesmo dia em que seu irmão Cid Gomes foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais a Cunha. No início do ano, ele afirmou em seminário que a Câmara tinha entre 300 e 400 achacadores. Depois, confirmou no plenário da Câmara o que havia dito. "(Cid) foi lá e meteu o dedo na cara desse maior vagabundo de todos, que é o presidente da Câmara", afirmou Ciro.

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De personalidade tida como forte, Ciro estreou no PDT com críticas ao peemedebista. "O presidente da Câmara dos Deputados, que hoje infelizmente representa uma maioria de corruptos, é quem tem o juízo de admissibilidade do impeachment", disse, ressaltando que defende a manutenção do mandato de Dilma.

Ciro Gomes disse que seu irmão vai recorrer da decisão "porque quem fala a verdade neste País não pode ser criminalizado" e afirmou que vai analisar o despacho do juiz. "Se ele tiver julgado isso antes de procedimentos mais antigos, ele vai se explicar no Conselho Nacional de Justiça", declarou.

Sobre o atual governo, Ciro disse que Dilma padece de dois problemas: a falta absoluta de projeto e uma equipe muito ruim, a qual apelidou de "organizações Tabajara".

Em agosto, Ciro e o ex-governador do Ceará Cid Gomes, além do grupo político ligado a eles, fecharam acordo de migração do PROS para o PDT. A oficialização da ida de Cid para o partido será no dia 28 de setembro.

O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Divulgação

PDT. Durante o ato de filiação de Ciro, representantes do PDT fizeram menções sobre uma possível candidatura dele à Presidência em 2018. 

Ciro nega o anúncio com três anos de antecedência de que pode ser candidato em 2018 e diz que chega ao partido para preparar o caminho da militância. "Não entro no PDT para ser candidato a rigorosamente nada", afirmou, ponderando que pode estar habilitado a ocupar o posto. "Eu não posso ficar mentindo e dizer que não quero ser candidato, porque já fui duas vezes, mas não chego no PDT como candidato".

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