'Não é oportuno aumentar verba de gabinete', diz Garibaldi

Presidente do Senado afirma que aumento pedido pela Câmara não foi reivindicado na Casa

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Por Elizabeth Lopes e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou nesta sexta-feira, 11, que o momento não é oportuno para aumentar a verba de gabinete dos senadores, a exemplo do que ocorreu na Câmara dos Deputados, onde a verba dos deputados para o pagamento de seus assessores parlamentares deve ser reajustada em torno de 17%. "A verba de gabinete que a Câmara pediu não foi reivindicada no Senado e acredito que não será. Se for, pretendo levar à mesa (da Casa), mas na minha opinião o momento não é oportuno."   Veja também: Chinaglia autoriza aumento em verba de gabinete   Em palestra a empresários do setor de serviços na Capital, em evento realizado pela Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), Garibaldi criticou o excesso de Medidas Provisórias que tramitam na Casa e disse que elas suprimem e frustram a tentativa de debate e deixam o trabalho dos congressistas numa situação vexatória e dispensável. "Não somos contra as MPs, mas só em casos extremos. Qual a urgência na criação de uma TV pública?", indagou.   O presidente do Senado também que a Casa tem uma agenda "super positiva", mas falta tirar esses projetos do papel. Aos empresários do setor de serviços, Garibaldi disse que iria conversar com os parlamentares a respeito da reivindicação de regulamentação das relações de trabalho deste setor. Os empresários aguardam há mais de oito anos a regulamentação de um projeto de lei neste sentido.   Na quinta-feira, 11, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), decidiu aumentar o valor da verba de gabinete dos deputados, que é usada para pagar o salário dos funcionários contratados livremente pelos parlamentares. Atualmente, a verba é de R$ 50.800 para cada um dos 513 deputados. Eles podem contratar de cinco a 25 funcionários, com salários que hoje variam de R$ 415,00 a R$ 8.200.   O aumento da verba de gabinete foi discutido na quinta-feira, na reunião da Mesa Diretora da Casa. Chinaglia afirmou que a intenção é dar um aumento real, além da correção da inflação verificada desde o último aumento da verba de gabinete, que foi em 2005. 

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