
03 de julho de 2009 | 13h42
Ao comentar notícia de que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) não declarou à Justiça Eleitoral a casa onde mora, em Brasília, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu a apuração do fato, mas ponderou que não se pode "demonizar" ninguém. "Acho que nada deve ser ocultado. O governo não defende ocultação de nada", afirmou. "Por outro lado, não concordo em demonizar o presidente Sarney e responsabilizá-lo por toda a crise", ressaltou.
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Em uma longa entrevista no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência, Dilma ressaltou que é preciso avaliar que irregularidades do Senado ocorrem há mais de 15 anos. Ela disse que boa parte das contratações, que teriam ocorrido de forma secreta e de emissão de passagens aéreas para familiares dos senadores foram de responsabilidade da primeira secretaria do Senado, ocupada pelo partido da oposição, DEM. "Estranhamente o DEM, agora, pede o afastamento do presidente Sarney", afirmou Dilma.
Na entrevista, a ministra fez questão de defender a transparência no Poder Público. "Eu sou inteiramente a favor de toda transparência no Senado e da apuração das responsabilidades. Também, sou a favor que se garanta que o Senado se aperfeiçoe", afirmou. Dilma voltou a pedir "cautela" de aliados e oposicionistas nessa crise. "Aí tem uma prática que não está correta, que é aquela de achar que jogar uma pessoa aos leões é o caminho para solucionar questões éticas", disse.
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