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''Não acredito que vou disputar sem o PSDB''

ENTREVISTA - Gilberto Kassab: prefeito de São Paulo (DEM)

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Por Silvia Amorim
Atualização:

Confirmada sua candidatura à reeleição, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse ontem que ainda tenta "criar circunstâncias favoráveis" para aliança com o PSDB. A manutenção da aliança PSDB-DEM depende hoje da desistência de um dos candidatos. Mesmo após a formalização da sua candidatura, o sr. desistiria a favor da aliança com os tucanos? Evidente que seria falta de inteligência e respeito com um candidato (Geraldo Alckmin) que é bem preparado, que foi um bom governador, que tem uma folha de serviços prestados ao Estado como poucos e que legitimamente algumas pessoas no seu partido entendem que ele pode ser candidato a prefeito, dizer que não abriria mão. É evidente que sim, como eu tenho certeza de que ele também abriria mão para mim. Estamos tentando criar circunstâncias favoráveis dentro dos dois partidos para que possamos estar todos juntos. Mas ter duas candidaturas é possível. Como o sr. convencerá o eleitor de que são projetos diferentes? Ao não ver diferença eu não posso entender que não trabalhemos para que não existam duas candidaturas. Seria constrangedor, então, disputar com Geraldo Alckmin? A aliança existe em São Paulo. Portanto, é mais do que compreensível que, hoje, DEM e PSDB tenham as mesmas propostas para a cidade. Assusta um cenário de disputa em que o sr. não entra como favorito? Se eu for candidato, eu não acredito que vou disputar sem o apoio do PSDB. Numa ruptura da aliança DEM-PSDB, o sr. espera o governador José Serra no seu palanque? Eu tenho muito respeito e uma amizade fraterna com o governador José Serra. Portanto, eu entendo ser ele uma pessoa muito inteligente, muito correta e saberá se posicionar da melhor maneira possível. Alckmin e Marta Suplicy são apontados como candidatos que, se eleitos, deixarão a prefeitura para disputar a eleição de 2010. O sr. promete cumprir os quatro anos? Quero voltar a afirmar que não acredito em noivo que diga que não vai casar. Portanto, eu acredito muito na aliança entre DEM e PSDB. Em relação a 2010, é evidente que ficarei o mandato inteiro.

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