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Namoro de Marta não prejudica campanha, diz Genoíno

Por Agencia Estado
Atualização:

Para o deputado federal José Genoíno (PT-SP), o namoro da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), com o assessor internacional do partido, o franco-argentino Luis Favre - confirmado pelo ex-marido da prefeita, o senador petista Eduardo Suplicy - não deve atrapalhar a campanha do partido nas eleições do ano que vem. "Minha candidatura (ao governo de São Paulo) não é atingida. Ela se viabiliza com os programas e com as alianças que estamos discutindo", afirmou Genoíno. "Esse assunto não atinge negativamente a imagem do partido." Ele deixa a opção de atacar a ação da prefeita para os adversários. "Os adversários podem usar o que quiserem, não é problema do PT. Quem, no passado tentou usar a vida privada das pessoas, quebrou a cara", afirmou, esquecendo-se da derrota do candidato petista Luís Inácio Lula da Silva à presidência após denúncia de opositores de que não teria reconhecido a filha, Lurian. Depois, corrigiu-se. "O Brasil de 1989 não tem nada a ver com o de 2001. O povo está mais consciente." Para Genoíno, a Prefeitura de São Paulo é uma vitrine dos projetos que estão sendo desenvolvidos pelo partido e o relacionamento não deve influenciar os votos. "Estamos mostrando que São Paulo é uma boa vitrine para o PT e que o partido governa não só quando encontra a situação boa, mas também em situações de ´pós-guerra´. Essa cidade estava destruída e, aos poucos, vamos mostrando o resultado do nosso trabalho." O deputado frisou que os assuntos particulares de Marta interessam apenas à prefeita. "Isso não é assunto do partido, que não precisa ser avisado. Não me interessa saber e o PT não discute a vida privada de ninguém, é uma questão de princípios", disse. "O conceito de República é exatamente separar a vida privada da vida pública, isso vamos levar às últimas conseqüências", afirmou. Ao chegar ao Palácio das Indústrias, na manhã de hoje, a prefeita negou-se novamente em comentar o relacionamento. "Vou manter o respeito pela minha vida pessoal", limitou-se a dizer.

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