Namíbia recebe navio brasileiro

Cooperação militar rende exportação de US$ 26,5 mi

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A Marinha da Namíbia recebe amanhã, em Fortaleza, o navio-patrulha Brendan Simbwaye, de tecnologia brasileira - o primeiro produto desse tipo fabricado para o mercado externo. O valor do contrato, cumprido pelos estaleiros Inace, é estimado em US$ 26,5 milhões. A Força Naval da Namíbia mantém uma encomenda adicional de ao menos três lanchas rápidas de vigilância desenvolvidas no Brasil. O Brendan é da mesma classe Grajaú, de 12 unidades, que equipa parte da frota patrulheira nacional. Desloca 217 toneladas em condição de emprego e mede 46,5 metros. É rápido: pode manter velocidades na faixa dos 50km/hora. Bem armado, leva um canhão de 40mm e metralhadoras 20mm, controlados eletronicamente e dotados de sistema de tiro rápido. A equipagem de 31 tripulantes - 5 oficiais, 26 praças - pode permanecer em missão por dez dias, dentro de um raio de 4.400 quilômetros. A cooperação bilateral na Defesa, iniciada em 1994, se dá essencialmente por meio da Marinha. Cerca de 200 militares enviados pela Namíbia passaram, no Brasil, por cursos de formação e aperfeiçoamento. Em 2004 a corveta brasileira Purus, depois de passar por ampla reforma, foi doada para servir à formação da esquadra militar namibiana. Os Ministérios da Defesa dos dois países assinaram acordos pelos quais o Comando da Marinha brasileiro fica responsável pela construção de uma base naval no porto de Walvis Bay e pelo levantamento hidrográfico da baía. O pacote prevê a aquisição gradativa de navios de maior porte e poder de fogo. Parte do novo investimento deve ser financiado pelo BNDES, nos termos propostos pelo Plano de Defesa Nacional para estimular a indústria de sistemas militares. A Namíbia tem 2,2 milhões de habitantes e uma das maiores reservas de gás do mundo: 60 bilhões de m³. A Petrobrás é parceira.

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