O ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, afirmou que o governo precisa ter maior organização para garantir que as sessões na Câmara ocorram nas segundas e sextas-feiras, para assegurar o prazo de tramitação da reforma da Previdência. Ele reconheceu que na votação de ontem, na comissão especial da Previdência, deputados da base votaram contra a posição do governo. "Mas isso não vai acontecer na votação de mérito", disse Berzoini. Ontem, a comissão especial, contrariando a posiç ão do governo, aprovou requerimento para a realização de audiências públicas em alguns estados, para a discussão da proposta de reforma da Previdência. O governo, no entanto, teme, que isso possa atrasar o calendário de votação na Câmara. Berzoini considerou que a votação foi apenas uma questão de procedimento. O vice-líder do governo na Câmara, professor Luizinho (PT-SP), admitiu que "houve hoje um descuido da base" o que provocou a falta de quórum na Câmara. "Por enquanto nada disso prejudica o calend ário", disse o deputado. Segundo ele, a realização de audiências públicas em alguns estados, como aprovou a comissão especial, poderá ser às segundas e sextas-feiras, e em mais de um estado no mesmo dia, para não afetar o calendário. O líder do PT na Câ mara, Nelson Pellegrino, afirmou que a falta de quórum será corrigida pelos líderes aliados. Segundo ele, o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo, fará uma reunião na próxima semana para elaborar uma escala de presença dos deputados. "Temos que ser mais vigilantes", disse Pellegrino.