Na volta do recesso, Renan diz que provará sua inocência

'Estou absolutamente convencido que a verdade virá à tona', diz senador, na abertura da primeira sessão

Por Rosa Costa
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Após a abertura da primeira sessão do Senado, que foi suspensa em memória do senador Antonio Carlos Magalhães e dos deputados Júlio Redecker e Nélio Dias, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou aos jornalistas que está satisfeito pelo andamento normal do processo de que é alvo no Conselho de Ética, por suspeita de quebra de decoro parlamentar. Veja também: Cronologia do caso Renan "Tenho absoluta convicção de que nós vamos ter como provar minha inocência. Estou absolutamente convencido que a verdade virá à tona", afirmou Renan. Ele disse que vai se defender não apenas com palavras, mas com provas de que sempre disse a verdade. "Estou absolutamente tranqüilo, com a certeza de que vamos provar que essas maledicências que estão dizendo não tem cabimento". Mesmo sem sessão, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) encaminhou à Mesa Diretora do Senado requerimento propondo voto de censura e repúdio ao assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia, pelos gestos obscenos manifestados em função de prováveis causas mecânicas o acidente com o Airbus da TAM, que colidiu no dia 17 de julho, com em prédio, em São Paulo, matando todos os passageiros.No requerimento Jarbas afirma que o acidente abalou toda a nação. "Comoveu o desespero dos pais que perderam os filhos e os filhos que perderam seus pais, atingindo a todos nós com uma dor que inundou os nossos lares e calou fundo em nosso coração". Referindo-se ao assessor da presidência, Jarbas disse que "uma pessoa" não se abalou com a tragédia, "não pensou no drama das famílias não demonstrou compaixão pelas vítimas". "Ele foi frio e mesquinho ao comemorar com gesto obsceno a possibilidade de o governo, ao qual serve, ter menor responsabilidade pelo ocorrido". Fim das investigações O senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores do processo contra o presidente do Senado Conselho de Ética da Casa, disse  que espera concluir seu trabalho neste mês. "Se conseguirmos concluir [o trabalho] no Conselho de Ética até o final de agosto, acho que é um bom prazo. Nós conseguiremos dar uma contribuição ao Senado para que possa começar a trocar de assunto", afirmou. O senador disse, entretanto, que não é preciso "vincular toda a ação de plenário ao cargo do senador Renan Calheiros". Para isso, afirmou, é necessário que Renan continue a designar o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PMDB-AC), para cuidar de assuntos referentes ao caso. Segundo Casagrande, falta incluir entre os documentos da investigação as datas em que o senador teria feito pagamentos à jornalista. "Mas boa parte dos quesitos já pode ser respondida com os documentos que já se encontram à disposição na Polícia Federal", acrescentou.

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