
13 de outubro de 2010 | 21h54
A peça do PSDB listou iniciativas do tucano como governador de São Paulo e voltou a mostrar Serra como um homem que defende os valores ligados à fé. O candidato foi mostrado em visita a Aparecida (SP), em discurso no qual destacou a fé popular. "É um povo de fé, não só de fé religiosa, mas de fé na mudança." O tucano apresentou iniciativas para as mulheres, como o programa Mãe Brasileira, uma reedição nacional do Mãe Paulista. "Serra é o presidente que a família brasileira precisa", destacou o locutor.
Um jingle de campanha, em ritmo de samba, ressaltou a insinuação do candidato de que a adversária teria duas caras. "A Dona Dilma, o que ela quer? Como é que dá para confiar, eu não sei quem é?", começou a música, que acusou a petista de ter entrado em contradição em questões como o apoio ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), descriminalização do aborto e apoio à ex-ministra Erenice Guerra, que pediu demissão da Casa Civil após denúncias apontarem seu envolvimento em denúncias de tráfico de influência. "Já quis mexer na lei contra o aborto, mas a propaganda já mudou, diz que não quer", entoou o jingle. "O que ela diz muda o tempo todo, até parece que nem ela bota fé."
Na inserção do PT, a candidata Dilma Rousseff amparou-se mais uma vez nas conquistas do governo Lula, enumerando diferenças entre os governos do PSDB e do PT à frente do Palácio do Planalto. "Sou a favor da comparação, número por número", afirmou a petista, ressaltando sua experiência no comando de realizações do governo do PT. "Eu assumo compromissos em educação e segurança com a experiência de ter coordenado programas do governo federal", disse.
Além das queixas da candidata contra a "turma do contra", o locutor também fez críticas à gestão do adversário no comando do Palácio dos Bandeirantes. "Como governador de São Paulo, Serra cortou verbas de programas sociais, colocou a educação paulista em uma situação difícil, não diminuiu as filas da saúde e seguiu criando pedágios nas estradas", enumerou. "Agora, Serra quer voltar, mas é o Brasil que não quer voltar ao passado."
A peça também criticou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). "Naquela época, era bem difícil subir na vida. A desigualdade social crescia ao invés de diminuir. O desemprego batia recordes e a única saída era aumentar impostos e pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI)." Na propaganda, o presidente Lula voltou a pedir votos para Dilma.
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