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Na TV, Lula não cita apurações e fala de futuro

Ex-presidente gravou participação em programa do PT que vai ao ar na terça-feira, no qual lideranças vão reconhecer erros de petistas

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Por Ricardo Galhardo
Atualização:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou anteontem uma participação para o programa de TV do PT que vai ao ar em rede nacional na próxima terça-feira.

Lula não vai falar das investigações das quais é alvo. Conforme fontes do PT, o foco do programa é o futuro próximo com ênfase na necessidade de retomar o crescimento econômico e restabelecer a estabilidade política. Lideranças da sigla devem, no entanto, reconhecer erros cometidos por petistas tanto na área administrativa quanto na esfera ética.

O ex-presidente Lula Foto: Sérgio Castro|Estadão

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Segundo fontes que tiveram acesso à gravação, a participação de Lula chancela o conceito central do programa, que tenta passar uma imagem otimista em relação ao futuro do País, apesar da crise, e defende a união nacional em torno de interesses comuns em detrimento da disputa política acirrada notada desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

Conforme relatos, Lula diz que, apesar da crise, o Brasil tem plenas condições de voltar a crescer e a situação ainda é melhor do que antes da chegada do PT ao governo.

O programa sugere ainda uma reflexão sobre a intolerância que tem marcado o debate político nacional. Na quarta-feira, por exemplo, militantes contra e a favor de Lula entraram em confronto na porta do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, onde estava marcado um depoimento do petista ao Ministério Público Estadual sobre o apartamento tríplex no Guarujá.

Frases. Em entrevista ao Estado publicada domingo, o diretor do programa, Edson Barbosa, disse que o novo conceito da comunicação petista mistura uma frase do papa Francisco, que recomendou aos políticos que “baixem o vidro” e ouçam a população, com outra do guerrilheiro Ernesto Che Guevara, “há que endurecer mas sem perder a ternura jamais”.

Numa projeção para o futuro, Barbosa chamou Lula de “Cassius Clay da caatinga”, numa referência ao boxeador Mohamad Ali, que em 1974 recuperou o título mundial contra George Foreman contrariando analistas que decretaram prematuramente o fim de sua carreira.

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