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Na agenda, encontro do presidente com o MR-8

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Por Redação
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Brasília - Em meio à crise nos aeroportos, o presidente Lula reservou parte da agenda de ontem para líderes do MR-8. Assessores do Planalto disseram que a audiência estava prevista desde o início do governo, em 2003 e só agora Lula teria tido tempo para receber os militantes do grupo, que é considerado um "dinossauro" ideológico, cultua personalidades bem distintas, de Karl Marx aos ex-governadores Antony Garotinho e Orestes Quércia, e tem apoio de caciques peemedebistas. O Movimento 8 de Outubro, data alusiva à morte do guerrilheiro Ernesto Che Guevara na Bolívia, em 1967, edita o jornal Hora do Povo, de pequena tiragem, que não economiza frases de efeito e elogios ao governo petista. "Lula tenta apaziguar golpistas nomeando Jobim para a Defesa", destaca a manchete da edição mais recente. Os artigos do jornal ressaltam que a "mídia burguesa" quer incriminar o governo no episódio do acidente com o Airbus da TAM em Congonhas. Com cargos nos gabinetes de prefeituras e Estados administrados pelo PMDB em São Paulo e Paraná, o MR-8 marcou a história da luta armada no País. Em 1969, integrantes do grupo seqüestraram o embaixador dos estados Unidos, Charles Burke Elbrick, forçando a ditadura a liberar presos políticos. O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins foi um líder do grupo. Também participaram dele Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel, assassinado pelos militares, e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Há décadas Martins e Gabeira largaram o MR-8, que acabou virando uma claque de Quércia, que nega envolvimento com o grupo.

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