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Mulheres divulgam imagens da invasão

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Por Redação
Atualização:

A ação da Via Campesina, realizada na madrugada de ontem no campo experimental da Monsanto, não foi acompanhada por repórteres, fotógrafos nem cinegrafistas. Mas contou com um eficiente serviço de divulgação. Logo pela manhã, os principais veículos de comunicação já tinham sido avisados da ação pelos assessores de imprensa da Via Campesina e do Movimento dos Sem-Terra. Paralelamente, foram postas à disposição dos interessados fotos com o registro da ação das mulheres - feitas pelo próprio serviço de divulgação do movimento. A foto no alto desta página foi cedida pela Via Campesina. Agências internacionais de notícias também puderam distribuir o material. O alvo da Via Campesina era principalmente a Europa, onde existe uma sensibilidade maior para a questão dos transgênicos. Esse tipo de ação é bastante utilizado pelo Greenpeace, em ações relâmpagos e em locais de difícil acesso. No Brasil, o MST usa a tática de invadir os locais sem avisar e logo em seguida chamar a imprensa. No caso de ontem foi uma ação relâmpago - na qual se procurou proteger também a identidade das mulheres, para evitar seu indiciamento em inquérito policial, como ocorreu após a invasão de um viveiro experimental de mudas de eucalipto, no Rio Grande do Sul, em março de 2006. Outra explicação para a tática de ontem foi o temor de que a Monsanto não desse divulgação ao fato, evitando assim levantar mais poeira em torno da polêmica sobre os transgênicos. De acordo com relatos de representantes da Via Campesina, que reúne movimentos de defesa da reforma agrária e contra o agronegócio em diversas partes do mundo, a empresa já utilizou essa tática em outros países. Criada em 1901, a Monsanto é uma das principais empresas do mundo na área de biotecnologia. Segundo informações de seu site, investe US$ 1,5 milhão por dia na área de pesquisas.

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