Um dos interlocutores mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira, 2, que é "natural" que haja mudanças na equipe do governo. Carvalho participa do programa "Bom Dia, Ministro", produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Nesta quinta o ministro das Cidades, Mário Negromonte, deve formalizar a sua saída do governo, conforme antecipou ao seu partido, o PP. O nome mais cotado para substituí-lo é do líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB)."Nós entendemos que é natural que haja mudanças no ministério, já começou a mudança com a saída do ministro Fernando Haddad (da Educação), com a nomeação do Aloizio Mercadante e a do novo ministro da Ciência e Tecnologia. E agora é provável que se realizem algumas mudanças no ministério, dentro de um padrão normal em que ela (a presidente Dilma Rousseff) procura sempre buscar o melhor em cada uma das áreas do governo", disse Carvalho, ao ser questionado sobre mudanças de ministro."Ela (Dilma) não adiantou sinceramente para nenhum de nós qual a sua intenção de outras eventuais mudanças. Ela tem feito muita questão de manter essa questão da mudança ministerial aos cuidados dela própria, portanto não nos é cabido fazer novas especulações sobre o que vem pela frente, salvo essa questão já pública do ministro Mário Negromonte", afirmou.De acordo com Carvalho, Dilma tem primado por "um rigor muito grande na escolha de seus auxiliares". O ministro, no entanto, defendeu escolhas políticas na definição de nomes. "É evidente que o critério técnico é uma questão fundamental e necessária, o que não significa que o critério técnico exclua o critério político. Os partidos são legítimos, não podemos aceitar essa pecha que ser político é um defeito, é na verdade consagrar a sua vida ao seu País e ao seu povo, não se pode querer que o governo seja montado deixando a participação legítima dos partidos, que formam a base do governo", disse Carvalho.