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Múcio tenta quebrar resistência do DEM contra CPMF

Por TÂNIA MONTEIRO E DENISE MADUEÑO
Atualização:

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que hoje já telefonou para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), para informá-lo de suas novas funções para negociar a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Sempre acho que dá para conversar. Evidentemente que os Democratas têm uma posição mais firmada, nem por isso eu deixei de procurar os amigos dos Democratas." "Liguei hoje para o senador José Agripino, com quem tenho relações de muitos anos, para dizer das minhas novas funções, que fazia parte das minhas tarefas conversar, e ele disse ''olha, minhas posições você conhece''. E eu disse ''mas isso não significa dizer que nós não podemos conversar''. Podemos pensar de maneira diferente sem ser de forma ácida", contou Múcio. Ele ressaltou que a negociação sobre a CPMF não tem relação com o processo de cassação contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Isso é um problema do Senado e lamento pelo constrangimento que ele e sua família estão passando, mas não tem absolutamente nada a ver com o problema da CPMF". Ele disse que ainda estuda a possibilidade de ir ao Senado na próxima semana. Sobre a declaração do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), de que não teria "muita chance na negociação", Múcio afirmou: "Estranho seria se dissesse que eu não tinha trânsito na Câmara, onde eu trabalho. Mas tem amigos como ele que vão me ajudar a ter trânsito (no Senado). Essa é uma tarefa que não pode ser de uma pessoa só. As pessoas têm de ajudar, quem sabe mais tem de ensinar a quem sabe menos, e a gente tem de ter humildade para dizer que não sabe e pedir ajuda de quem sabe ajudar", afirmou.

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