Múcio: episódio dossiê estará esclarecido esta semana

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Por Tania Monteiro
Atualização:

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse hoje que espera que o episódio do vazamento dos dados sobre despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua mulher, Ruth Cardoso, seja esclarecido "ao longo desta semana". "Eu estou torcendo é para que as coisas se esclareçam esta semana, para a gente tratar de trabalhar", disse ele, em entrevista, ao encerrar a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Para Múcio, a intenção dos ataques da oposição é atingir a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "A ministra é forte o tempo todo. Ela é a grande condutora deste momento que o Brasil tem vivido, deste momento de desenvolvimento que estamos vivendo. Evidentemente que algumas pessoas tentam atingi-la. Talvez seja a pessoa mais emblemática por causa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)", afirmou. "Tem os que querem só fazer política. Tem os que querem atrapalhar, tem os que não querem ver o Brasil que nós desejamos, desenvolvido." José Múcio afirmou que não há motivo para a ministra prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos. "A própria comissão parlamentar inquérito, por maioria absoluta, disse que não havia necessidade." Ele afirmou ainda que Dilma não estava presente à reunião do CDES não porque o governo quisesse poupá-la, mas porque não estava previsto. "Não foi (para poupá-la). Ela foi convidada para vir daqui dois meses aqui pra fazer exposição sobre o PAC. Ela não precisa ser poupada. Ela não tem absolutamente nada a ver com isso." Questionado por que a ministra não se dispõe a ir logo ao Congresso, uma vez que o governo assegura que ela não tem nada a ver com o suposto dossiê, José Múcio reagiu: "Primeiro, não tem dossiê feito pelo governo. Nós não temos interesse nisso. Seria como dar um tiro no nosso pé. Isso cria um constrangimento enorme. O bom era que estivéssemos tratando de outras coisas." Para ele, o ideal seria que a pessoa que vazou os documentos se apresentasse logo e contasse a razão para o vazamento. "O ótimo é que essas pessoas que prepararam essas coisas aparecessem porque é muito ruim você debater com quem não sabe quem é, debater com o invisível, discutir com o invisível", disse.

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