27 de outubro de 2009 | 19h58
Múcio assumiu o cargo no TCU no último dia 20, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, como ministro das Relações Institucionais, ele foi o articulador político do Planalto e defendeu com afinco a permanência do senador José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa - apesar dos escândalos, entre eles o da própria Fundação Sarney.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), alerta que a reputação de Múcio está em jogo. "Enquanto exercia uma função política, ele atuava politicamente. Agora como juiz, precisa analisar o caso à luz do processo, da ética", ressaltou o senador, um dos responsável pela denúncia ao TCU.
A Fundação Sarney, com sede no Maranhão, recebeu R$ 1,3 milhão da Petrobras via Lei Rouanet. Investiga-se um possível desvio de ao menos R$ 500 mil para empresas do presidente do Senado.
De acordo com o tribunal, a investigação sobre a fundação está na 9ª Secretaria de Controle Externo (Secex), no Rio de Janeiro, e nenhuma deliberação foi realizada sobre o assunto até agora. Os dados das prestações de contas da entidade estão sob análise dos auditores do órgão.
Ontem, a entidade informou que fechará suas portas alegando falta de patrocínio.
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