Cerca de 200 trabalhadores rurais se concentraram esta manhã no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. O objetivo da concentração é realizar uma passeata em direção à Praça da Sé, na região central de São Paulo. Os líderes do MST estão num carro de som, gritando palavras de ordem exigindo a reforma agrária já, contra o presidente Fernando Henrique Cardoso e contra o Fundo Monetário Internacional (FMI). Não foram registrados incidentes. A manifestação faz parte da série de protestos que o MST está realizando para marcar os cinco anos da morte de 19 trabalhadores rurais num confronto com policiais militares, em Eldorado do Carajás. Haverá marchas, atos ecumênicos, vigílias e concentrações em frente a prédios do Incra e das lojas da rede McDonald?s em todo o País. A estratégia desses protestos é despertar a atenção da sociedade. Um dos líderes nacionais do MST, Gilmar Mauro, afirmou hoje que as manifestações vão ocorrer até final da semana e que não haverá invasões. Segundo ele, os trabalhadores rurais foram orientados no sentido de buscar contato com a sociedade para expor as dificuldades da reforma agrária. Gilmar Mauro garantiu que as ações do MST não são violentas e que as ocupações de terra são um ato cívico para resgatar a dignidade a democracia no País. Os sem-terra devem permanecer em São Paulo até sexta-feira. Às 16 horas, realizam outra manifestação, no Vale do Anhangabaú, região central da capital paulista, em defesa da instalação da CPI da Corrupção, em Brasília.