O MST quer adiar por "no mínimo" 30 dias o julgamento dos 149 policiais militares acusados de matar 19 trabalhadores sem terra em Eldorado dos Carajás. O julgamento, que será desdobrado em três sessões, está previsto para começar amanhã, 14. A justificativa para o adiamento seria que o novo juiz indicado pelo Tribunal de Justiça, Roberto Moura, está a apenas dois dias no caso e não teria tempo para se familiarizar com o processo. Os advogados Luiz Eduardo Greenhalg, Aton Fon Filho, Nilo Batista e Carlos Guedes do Amaral, que neste domingo estiveram reunidos, prometem não participar do julgamento se esse pedido, a ser formalizado hoje ao juiz Roberto Moura, não for atendido. Além desse pedido, o MST quer também a escolha de um novo corpo de jurados, alegando que o atual, sorteado pela juíza que deixou o processo, Eva do Amaral Coelho, estaria composto em sua maioria por servidores dos poderes Executivo e Legislativo. A presença da imprensa no salão do júri, hoje proibida pelo TJ, além de pelo menos 100 credenciais para as famílias dos 19 mortos também são outras reivindicações do movimento.