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MST promete mobilização nacional em apoio a Lula e contra o impeachment

Mobilizações estão previstas para 31 de março e devem incluir ocupações e atos públicos

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Os principais movimentos de luta pela terra estão organizando os camponeses para irem às ruas, no próximo dia 31, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora alguns grupos tenham posição crítica em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), ficou definida uma posição contra o impeachment , que os movimentos consideram “golpe da direita”. O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro, informou que os detalhes da mobilização serão definidos em encontro de representantes dos movimentos sociais nesta terça-feira, 22, em São Paulo.

O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro Foto: Hélvio Romero|Estadão

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Na última sexta-feira, o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha Júnior, reuniu 1,2 mil assentados e acampados em Bauru, interior de São Paulo, e aprovou uma moção de apoio ao ex-presidente Lula, investigado pela operação Lava Jato, e que teve sua nomeação do ministério da Casa Civil barrada pela Justiça. Brigado com o MST, o líder concordou em unificar a pauta em defesa de Lula. As mobilizações no dia 31 devem incluir ocupações e atos públicos. “O presidente Lula foi o que teve sensibilidade para as questões sociais, inclusive temos uma pauta pronta para entregar para o futuro ministro da Casa Civil”, disse.

Dirigentes do Movimento Social de Luta (MSL), grupo dissidente da FNL, também preparam manifestações autônomas, mas podem compor pauta conjunta com o MST. “Estamos mobilizando quatro mil militantes em trinta acampamentos no Estado de São Paulo, além de nove mil famílias em Goiás e no Distrito Federal”, informou Luciano de Lima, coordenador paulista. “A gente vê que o governo Dilma teve dificuldade para avançar na reforma agrária, mas somos contra o impeachment.”

Prévia. Movimentos sociais urbanos também se organizam para manifestações em defesa da “democracia e de saídas populares para a crise”, conforme nota postada na página do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A mobilização da chamada Frente Povo Sem Medo, que reúne trinta movimentos sociais e terá o apoio do MST, pretende mobilizar 50 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e outras capitais. Em São Paulo, a manifestação dos sem-teto será quinta-feira (24), no Largo da Batata, no bairro Pinheiros, às 17 horas.