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MST prepara mais um acampamento na região do Pontal

O novo local é o município de Narandiba, que começará a ser ocupado nesta ou na próxima semana, segundo o dirigente do sem-terra

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/politica/terras.inc"; ?> O Movimento dos Sem-Terra (MST) vai continuar formando acampamentos no Pontal do Paranapanema para mostrar ao governo a necessidade de apressar a reforma agrária. Além de um novo acampamento iniciado no fim de semana, em Marabá Paulista, está previsto outro no município de Narandiba, também no Pontal. "Quem quer a terra, sabe que tem de ir para a beira da estrada", disse hoje o dirigente regional Laércio Barbosa. Desde a tarde de sábado, ele coordena a formação do novo acampamento de Marabá. O acampamento de Narandiba será iniciado nesta ou na próxima semana, segundo o dirigente. Hoje à tarde, cerca de 300 famílias já estavam nos barracos de lona, nas duas margens da rodovia vicinal que liga a cidade ao distrito de Cuiabá Paulista. Até o fim da semana, chegarão outras 330 famílias. Nos últimos dois meses, o MST formou quatro novos núcleos de acampados no Pontal. O maior deles, o acampamento Jahir Ribeiro, do líder José Rainha Júnior, em Presidente Epitácio, tem cerca de 3.600 famílias. Os outros estão em Sandovalina, com 450, e Rosana, com 250 famílias. O prefeito de Marabá, José de Souza (PP), disse que mantém boa relação com o MST, mas está preocupado com a chegada de famílias de fora. "Meu compromisso é atender as famílias que são do município", afirmou. Souza contou que, no domingo, um grupo de acampados recém chegados de Mirante do Paranapanema foi bater em sua porta para pedir alimentos. A cidade, de 2.500 moradores na área urbana, não tem condições de atender a nova população, garante o prefeito. "Estão falando em colocar ali mais de 2 mil pessoas". O dirigente do MST garante que os acampados já foram cadastrados pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP). "Procuramos o prefeito, falamos dos nossos objetivos e ele não se mostrou contrário". Souza confirmou o encontro e garantiu que, dentro das possibilidades, apoiará os sem-terra. "Eles são pacíficos, não fazem ocupações, por isso até agora não foram assentados".

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