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MST prende assassino de líder à revelia da polícia

Os sem-terra alegaram que sabiam da decretação da prisão do fazendeiro, e, como a polícia não efetuava a prisão, agiram por conta própria

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 100 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), prenderam nesta terça-feira, 29, o fazendeiro Pedro Batista e seus dois filhos, José Arnaldo Batista e José Luís Batista, na fazenda Coriripe, no distrito de Ouricuri, zona rural de Atalaia, a 48 quilômetros de Maceió. Eles são acusados do assassinato do líder do MST, Jaelson Melquíades, ocorrido em novembro de 2005. Os sem-terra alegaram que sabiam da decretação da prisão de Pedro Batista, como mandante da morte do líder do MST, e, como a polícia não efetuava a prisão, eles agiram por conta própria. Os trabalhadores descobriram o paradeiro do fazendeiro, efetuaram a prisão, acionaram a polícia e cercaram a fazenda com instrumentos agrícolas para evitar qualquer tentativa de reação por parte dos empregados. Os policiais de Atalaia confirmaram que o fazendeiro tinha prisão preventiva decreta, mas era considerado foragido, por nunca ter se apresentado na delegacia. Antes da Polícia Militar chegar ao local, um grupo agrediu os acusados. Os três foram levados para Maceió, onde foram submetidos a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal Estácio de Lima. Segundo a assessoria da Secretaria de Justiça e Defesa Social, eles vão permanecer presos à disposição da Justiça (o local da prisão não foi revelado). Os sem-terra poderão responder por eventuais abusos cometidos durante a prisão dos acusados. Ainda segundo informações da assessoria da Secretaria de Defesa Social, na fazenda, estava um quarto elemento, não identificado, que fugiu ao perceber que estavam sendo cercados.

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