
24 de outubro de 2011 | 18h28
O governo do Estado rejeita a tese do MST e vai manter todas as 24 propriedades rurais que a Fepagro tem no Estado para usá-las em projetos de pesquisa. "Definimos que nenhuma dessas áreas será disponibilizada para a reforma agrária", informou o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, no final da tarde.
O diretor-presidente da Fepagro, Danilo Rheinheimer dos Santos, disse que o atual governo está revisando os contratos que herdou para verificar se as parcerias atendem aos objetivos de pesquisa da instituição. No caso de Eldorado do Sul há um acordo com um produtor rural para estudos de arroz irrigado e testes de ocupação de áreas de várzea com outras culturas. Santos também destaca que há negociações com universidades para ampliar as pesquisas desenvolvidas no local.
Pavan adiantou que o governo do Estado vai propor tanto ao grupo de sem-terra que está em Eldorado do Sul quanto a um segundo, que está autorizado a ficar provisoriamente dentro de uma área da Fepagro em Vacaria desde a semana passada, que desocupem os terrenos amigavelmente. Se não houver acordo, a Brigada Militar cumprirá o mandado de reintegração de posse já emitido para Vacaria e também o que a Fepagro espera obter para Eldorado do Sul.
Os sem-terra reclamam da demora do governo do Estado e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para assentar as mil famílias acampadas à beira de estradas no Rio Grande do Sul. Pavan confirma que há um compromisso de atender a reivindicação, mas reconhece que não imediatamente, como quer o movimento. O secretário revela que há uma desapropriação encaminhada, à espera de uma decisão judicial, e outras terras identificadas para aquisição, à espera da disponibilização de recursos pelo Incra.
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