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MST mantém bloqueio a rodovia no Pará

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 500 trabalhadores rurais ligados ao MST e à Fetagri bloqueiam desde ontem a rodovia PA-150 em frente à Fazenda Cabaceiras, em Marabá, no sul do Pará. Para liberar a rodovia, eles exigem a libertação do dirigente estadual do MST Eurival Martins, o Totô, e de Maria dos Anjos dos Santos e seu filho, João Batista dos Santos, presos há mais de quinze dias. Os três são acusados de liderar a invasão da Fazenda chão de Estrelas, do presidente do Senado, Jader Barbalho. O secretário de Defesa Social do Pará, Paulo Sette Câmara, mandou de Belém para Marabá uma tropa de 50 homens do Comando de Missões Especiais. Eles levaram escudos, bombas de gás e balas de borracha e têm a missão de evitar qualquer confronto com os manifestantes. "A ordem é negociar a liberação da rodovia", disse Câmara. Ele pediu que o Ministério Público Estadual coordene uma comissão de mediação, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sociedade de Direitos Humanos, Defensoria Pública e imprensa para acompanhar as negociações. "A gente só deixa a estrada quando nossos companheiros forem soltos", resumia uma faixa do MST colocada no local. Uma fila de veículos com 20 quilômetros de extensão nos dois sentidos da rodovia PA-150 formou-se desde o começo da manhã. Para impedir a passagem de veículos, os trabalhadores rurais improvisaram uma barreira com arame farpado, além de terem atravessado troncos de árvores. Pneus velhos foram queimados na pista. Vários incidentes com motoristas de caminhão e carreteiros foram registrados. Um deles, Osvaldo Martins, ameaçou atirar seu veículo contra o bloqueio para furá-lo, mas foi impedido por militantes do MST, que colocaram crianças como escudo. Um pedido de habeas-corpus em favor dos três presos do MST foi impetrado na semana passada pelo advogado Carlos Guedes Amaral. O Tribunal de Justiça deve julgar o caso na quinta-feira.

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