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MST invade três fazendas no Pontal do Paranapanema

A ocupação começou com 160 famílias e já conta com 250, segundo movimento

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiu três fazendas no Pontal do Paranapanema nesta quarta, 25, encerrando a trégua nas invasões anunciada na última semana. A ocupação começou com 160 famílias e nesta quinta já contava com 250, segundo coordenadores do MST. "Essa trégua por causa das eleições não existe; o que existe é que a ocupação ainda é a melhor forma de pressão para o governo fazer a reforma agrária", disse Valmir Ulisses Sebastião, um dos líderes da ocupação. As três fazendas invadidas são a São Luiz, de 720 hectares, em Presidente Bernardes; a Santa Cruz, de 500 hectares, em Mirante do Paranapanema; e a São José, de 1.000 hectares, em Teodoro Sampaio. Apenas os proprietários da primeira entraram com pedido de reintegração de posse nesta quinta. Grupos rivais O grupo responsável pela ocupação é contrário a José Rainha, um dos líderes do movimento na região, que teve a prisão determinada pelo Tribunal de Justiça nesta terça e está foragido. Rainha foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por porte ilegal de armas. Os invasores são da Cooperativa de Comercialização e Prestação de Serviços dos Assentados de Reforma Agrária do Pontal (Cocamp) e dominam três grandes acampamentos, com cerca de 1.000 militantes. Já o grupo de Rainha é ligado à Federação das Associações de Agricultura Familiar do Oeste Paulista e teoricamente ocuparia outros 11 acampamentos com cerca de 1,6 mil famílias de sem-terra. O coordenador do grupo, Wesley Mauch, disse nesta quinta ver com naturalidade as ocupações. Segundo ele, as invasões ocorrem por causa das "diferenças de pensamentos" entre as duas correntes do MST. "Não vemos isso como provocação", disse, acrescentando que o grupo continua com a decisão de manter a trégua até o fim das eleições com objetivo de auxiliar Luiz Inácio Lula da Silva a vencer as eleições e a continuar com sua política de reforma agrária.

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