PUBLICIDADE

MST inicia marchas pela reforma agrária no Pontal

Por Agencia Estado
Atualização:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) espera mobilizar cerca de 1.500 militantes em duas marchas que realiza a partir deamanhã para cobrar do governo mais rapidez na reforma agrária no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado. Segundo o coordenador estadual Paulo Costa Albuquerque, o objetivo é protestar contra a lei promulgada recentemente pelo governador Geraldo Alckmin legalizando as áreas devolutas da região com até 500 hectares. Também será cobrada a retomada dos assentamentos na região onde pelo menos 6 mil famílias estão acampadas há vários anos. A mobilização terá início às 6 horas. Uma grupo com cerca de 900 militantes vai sair do acampamento Jair Ribeiro, em Presidente Epitácio, em direção a Presidente Prudente. Outro, com 600 sem-terra, sai do acampamento Betinho, em Teodoro Sampaio. Os dois grupos devem chegar às 14 horas de terça-feira em Prudente, seguindo para a praça da matriz, onde será realizado um ato público. Segundo Albuquerque, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e outras entidades estão apoiando a mobilização. O bispo dom José Maria Libório vai receber os manifestantes. O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse a entidade vai acompanhar as marchas apenas à distância, mas com preocupação. Ele teme que ocorram invasões que poderiam resultar em conflitos. Segundo Nabhan, o governo federal abriu um "péssimo" precedente ao liberar verbas para a reforma agrária depois das declarações do coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, de que o movimento iria "infernizar" o País. Segundo ele, o governo aceitou o papel de refém, cedendo à pressão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.