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MST diz que condenação de Rainha pode gerar manifestações

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador regional do Movimento dos Sem-Terra (MST), Wesley Mauch, disse que mais uma vez o juiz Atis de Araújo Oliveira do Fórum, de Teodoro Sampaio, ?mostra sua arbitrariedade e sua implacável perseguição? ao condenar o líder do movimento José Rainha",a 2 anos e 8 meses de reclusão por porte ilegal de arma. Ele considera que o diálogo do movimento com o governo estadual vai ficar mais difícil em razão da atitude "provocadora" do agente da Justiça. Mauch disse que podem ocorrer manifestações contra a condenação. "O povo forte pode ir atrás da sua liderança forte." Os advogados MST vão recorrer contra a decisão do juiz . O deputado federal e advogado Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP), que atua nas causas do MST, aguardava em Brasília a chegada da cópia da decisão para adiantar a linha do recurso. Ele considera que Rainha está sendo vítima de perseguição política. O líder está preso desde o dia 11 último na Penitenciária de Presidente Venceslau. Sua prisão preventiva foi decretada pelo mesmo juiz durante uma audiência. Com a decretação da nova prisão, mesmo que o MST consiga o habeas-corpus para a soltura do líder no Tribunal de Justiça de São Pulo ou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília, ele ficará preso. O coordenador regional do MST, Wesley Mauch, disse que "mais uma vez o juiz Atis mostra sua arbitrariedade e sua implacável perseguição ao José Rainha". Ele considera que o diálogo do movimento com o governo estadual vai ficar mais difícil em razão da atitude "provocadora" do agente da Justiça. Mauch disse que podem ocorrer manifestações contra a condenação. "O povo forte pode ir atrás da sua liderança forte." O advogado Hamilton Beloto Henriques, que acompanhou a fase de instrução do processo, disse que havia provas suficientes para a absolvição do réu. Na época, Rainha ficou detido 26 dias na cadeia de Venceslau. No fim do ano passado, voltou a ser preso, desta vez sob a acusação de obstruir o assentamento de famílias de um grupo rival. Ficou encarcerado 62 dias. Quando ocorreu a última prisão, estava organizando em Presidente Epitácio um superacampamento com 4 mil famílias.

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