Os cerca de 3 mil manifestantes do Movimento dos Sem Terra que ocupavam a sede do Ministério da Fazenda desde a manhã desta terça-feira, 11, deixaram o prédio. Em nota divulgada pelo MST, o movimento afirma que aceitou sair do prédio devido a um compromisso do governo de promover um encontro entre líderes do MST e ministros.
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Desde a manhã de terça-feira, membros do MST e Via Campesina fizeram protestos em 12 estados. Ocuparam quatro sedes do Ministério da Fazenda e três superintendências do Incra. O ato principal do movimento nacional foi a ocupação da sede de Brasília, do Ministério da Fazenda. O protesto do MST fez com que Guido Mantega, ministro da Fazenda, tivesse que despachar fora do ministério, pois os manifestantes impediam a entrada de funcionários no prédio.
Durante a tarde, uma oficial de justiça foi ao local para entregar uma intimação que ordenava a desocupação do prédio. Inicialmente, João Paulo Rodrigues, dirigente do MST, se recusou a assinar e assim confirmar que recebeu a intimação. Porém a oficial de justiça o lembrou que caso ele não assinasse, todos os protestantes estavam automaticamente intimados. Então, Rodrigues cedeu e assinou o documento. O MST terá que pagar uma multa de R$ 50 mil pela ocupação.
A nota divulgada pelo Movimento dos Sem Terra declara que uma comissão do movimento será recebida na semana que vem pelos ministros Dilma Roussef (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário); o local ainda não está definido.
Exigências
O MST alega que o governo Lula privilegia o agronegócio ao invés da agricultura familiar. O movimento reivindica o assentamento imediato de 90 mil famílias, além do descontingenciamento de R$ 800 milhões do orçamento do Incra para este ano e maiores investimentos na política de assentamento.