06 de janeiro de 2012 | 20h49
O líder sem-terra está preso desde junho deste ano por suspeita de desvio de verbas públicas. Lideranças ligadas a ele assumiram os acampamentos da região e decidiram retomar a luta por novos assentamentos, segundo Lima. Entre as reivindicações está a posse imediata de oito fazendas já desapropriadas na região e ainda a destinação à reforma agrária de terras devolutas do Pontal do Paranapanema. "O Zé (José Rainha Júnior) está preso por perseguição política e decidimos dar continuidade à luta dele pela reforma agrária", disse o militante Luciano de Lima. Ele reclamou que, durante todo o ano de 2011, não foram criados novos assentamentos na região. "A presidente Dilma assinou decretos de desapropriação de terras para a reforma agrária em 13 Estados, mas São Paulo ficou de fora", disse.
A prisão de José Rainha e de outras lideranças do MST da Base ocorreu em junho do ano passado, durante a Operação Desfalque da Polícia Federal. Vários recursos pedindo a libertação do líder foram negados pela Justiça. No último dia 30, o advogado Juvelino Strozake, da Rede Social de Direitos Humanos, entrou com pedido de habeas corpus em favor de José Rainha no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Ayres Britto, no exercício da presidência, pediu informações ao juiz federal de Presidente Prudente, que determinou a prisão, e ainda vai decidir sobre o pedido.
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