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MST acampa em terreno do Incra em Porto Alegre

Por Agencia Estado
Atualização:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) montou um acampamento com 500 famílias num terreno vizinho ao prédio da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na região central de Porto Alegre, nesta quarta-feira. Também montou três barracas dentro do terreno da autarquia, que servirão de apoio aos militantes que prometem circular pelo pátio até que o governo federal anuncie a aquisição de terras para assentamento de parte das 2,5 mil famílias acampadas no Rio Grande do Sul. ?Não tínhamos mais para onde ir?, explicou um dos coordenadores estaduais do MST, Igor Nascimento. Os acampados foram despejados da beira da BR-386, em Nova Santa Rita, há duas semanas. Depois de perambular pela região metropolitana de Porto Alegre, o grupo havia se instalado no parque da Harmonia, no final de semana. De lá mudou-se para o entorno da sede do Incra nesta quarta-feira. Segundo integrantes do MST, o acampamento próximo ao Incra servirá para lembrar diariamente à autarquia que o acordo de Carazinho, celebrado em 13 de maio, ainda não foi cumprido. O MST alega que naquela data o Incra se comprometeu a começar a assentar os sem-terra em um mês. Diante daquela promessa, o MST desocupou a Fazenda Guerra, que havia invadido, em Coqueiros do Sul. Em reunião com uma comissão dos sem-terra, o superintendente do Incra no Estado, Roberto Kiel, disse que dispõe de verbas e está intensificando a procura por terras. A dificuldade está em encontrar vendedores. Com a nova forma de pressão, o MST encerrou o jejum que promovia em Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas e Carazinho. Durante 15 dias, equipes de 14 pessoas se revezavam e ficavam sem comer durante 48 horas.

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