MST acampa em frente ao BankBoston em Goiânia

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Por Agencia Estado
Atualização:

Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passaram o dia concentrados na porta do BankBoston, na Avenida República do Líbano, um dos pontos nobres de Goiânia. O protesto é mais um de uma série de manifestações programadas na capital goiana em protesto contra a impunidade dos acusados do massacre de 19 integrantes do movimento em Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. Às 16 horas, cerca de 700 integrantes do MST se encontraram em frente à Catedral de Goiânia para um ato público. Cerca de 50 pessoas acamparam na calçada e na porta da agência cantando músicas de protesto e gritando palavras de ordem. Cerca de 50 policiais militatares estão acompanhando o grupo de sem-terra. Na chegada ao banco, cerca de dez manifestantes chegaram a entrar dentro do prédio, mas foram retirados pelos policiais. Um dos coordenadores da equipe da PM, tenente-coronel Fábio Antônio Marques, disse que mais 40 policiais do Batalhão de Choque reforçariam a segurança no local. "Estamos próximos da Receita Federal. Se houver risco de invasão do prédio, temos de estar prontos para contê-los", justificou. O coordenador estadual do MST em Goiás, Paulo Sérgio Gomes, disse que a ocupação da entrada do banco é uma forma de protestar contra a entrada de bancos estrangeiros no Brasil. "Eles não pertencem a nós. Não os queremos aqui", afirmou. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), rebateu as críticas feitas na véspera pelo Movimento dos Sem-Terra sobre o isolamento da Praça Cívica, que está sendo feito por policiais militares desde o último domingo. "Seria o fim da picada permitir que eles acampassem na praça", afirmou o governador em entrevista coletiva.

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