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MPF denuncia ex-reitor da UnB por mais dois crimes

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Por CARINA URBANIN
Atualização:

O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) encaminhou à Justiça outra denúncia de desvio de recursos públicos envolvendo o ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) Timothy Mulholland. Desta vez, ele é acusado por peculato e formação de quadrilha em esquema de desvio de verba por meio da subcontratação de serviço de consultoria envolvendo a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico na Área da Saúde (Funsaúde). A pena para o crime de peculato varia de dois a 12 anos de prisão, além de multa. Também foram denunciados o ex-diretor da Editora da UnB Alexandre Lima, dois ex-funcionários da editora, Elenilde Duarte e Cláudio Machado, e os sócios das empresas subcontratadas pela Funsaúde - Cleônides de Sousa Gomes, da MI Management; Aline Rhubia Scandiuzzi de Souza, da Coopers Instituto Profissional de Consultores Associados, e Pablo Vieira de Freitas Lima e Régis Salomão, da LMR Softwares e Consultoria Empresarial Ltda. De acordo com o MPF, houve desvios de verba em convênios firmados entre a Fundação Universidade de Brasília (FUB) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a prestação de serviços complementares de saúde em comunidades indígenas ianomâmi, em Roraima, e xavante, no Mato Grosso. Segundo o MPF, a FUB contratou, sem licitação, a Funsaúde para a prestação dos serviços. A Funsaúde, por sua vez, subcontratou as empresas MI Management, Coopers Instituto Profissional de Consultores Associados e LMR Softwares e Consultoria Empresarial. O MPF alega que as empresas de consultoria foram subcontratadas por meio de licitações fraudulentas, não tinham funcionamento regular e não prestaram quaisquer serviços ou atividades para a Funsaúde, que já havia sido contratada sem licitação. A denúncia ressalta que a empresa LMR Softwares e Consultoria Empresarial tinha como sócio o filho de Alexandre Lima. Além disso, conforme as investigações, constatou-se que no endereço da sede da MI Management havia uma igreja evangélica. Renúncia Mulholland deixou a reitoria da universidade em abril, depois que estudantes ocuparam o prédio da reitoria exigindo sua saída. Os protestos começaram depois que a UnB apareceu como líder no ranking de instituições federais em gastos com cartões corporativos. Timothy foi acusado pelo MPF de usar recursos públicos da instituição, no total de R$ 470 mil, na compra de artigos de luxo para mobiliar seu apartamento funcional.

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