PUBLICIDADE

MP-AL entra com nova ação na Justiça contra deputados

Acusados na Operação Taturana, eles teriam se beneficiado com empréstimos no valor total de R$ 2,7 mi

Por RICARDO RODRIGUES
Atualização:

O Ministério Público (MP) de Alagoas deu entrada nesta sexta-feira, 18, no Fórum de Maceió, na segunda ação civil pública por atos improbidade administrativa contra os deputados estaduais, ex-deputados, um deputado federal e um prefeito acusados de envolvimento no desvio de mais de R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa do Estado. O golpe está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Taturana, que já indiciou pelo menos doze dos 27 deputados estaduais. A ação foi impetrada contra 21 réus, sendo 16 deles parlamentares e ex-parlamentares. Eles são acusados de terem se beneficiado com empréstimos pessoais no valor total de R$ 2,7 milhões, obtidos em 2006, no Banco Bradesco (Agência Prime), em São Paulo. O MP alagoano pede a indisponibilidade dos bens dos réus, perda dos cargos públicos, suspensão dos direitos políticos por dez anos e, entre outras coisas, o devido ressarcimento aos cofres públicos. No rol de parlamentares e ex-parlamentares citados na ação estão Antônio Albuquerque, presidente afastado da Assembléia e expulso do DEM; Celso Luiz, ex-presidente (PMN); Arthur Lyra (PMN); João Beltrão (PMN); Manoel Gomes de Barros Filho, o Nelito (PMN); Cícero Amélio (PMN); Isnaldo Bulhões Júnior (PMN); Dudu Albuquerque (PSB); Marcos Ferreira (PMN); Francisco Beltrão, o Chicão (PSDB); Júnior Leão (PMN); Cabo Luiz Pedro, preso acusado de homicídio (PMN); Fernado Gaia e o radialista Alves Correa. Também figura como réu o prefeito de Roteiro, Fábio Jatobá (PTB), que na época golpe era diretor financeiro da Assembléia e casado coma filha do deputado Cícero Ferro, que também está entre os indiciados na Operação Taturana. Segundo os integrantes do MP alagoano, Jatobá atuou como "laranja" do sogro para obtenção de empréstimo pessoal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.