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Movimento de produtora é ''incompatível'', diz Coaf

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Por Redação
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A produtora de vídeo NDEC (Núcleo de Desenvolvimento Estratégico de Comunicação), usada pela campanha de Dr. Hélio (PDT) em Campinas para pagar o marqueteiro João Santana, é uma velha conhecida do PT e movimentou mais dinheiro do que poderia em 2004. Segundo monitoramento do Coaf, movimentação financeira da NDEC no valor de R$ 4,5 milhões foi "incompatível com sua capacidade econômico-financeira declarada em cadastro". O Ministério Público Federal da Bahia chama a atenção para o fato de que, desse montante movimentado, 77% foram sacados na boca do caixa. PT e NDEC andam juntos desde 1998, quando a produtora participou da campanha ao governo do Estado da ex-prefeita Marta Suplicy, com o nome fantasia de VBC (Vídeo Central Brasil). Ela também fez a campanha vitoriosa de Marta à Prefeitura de São Paulo em 2000. Seus negócios com o PT passaram a ser foco de investigação a partir de 2003, quando ela ganhou um contrato milionário com a Câmara Municipal de São Paulo, no governo Marta, para operar a TV São Paulo, emissora do Legislativo municipal. Na ocasião, o endereço da produtora - Avenida República do Líbano, 1.853, São Paulo - era o mesmo da Global Serge, empresa fantasma que em 2001 foi contratada para serviços de limpeza e se tornou alvo das investigações da "máfia do lixo". Em Campo Grande, onde fica sua sede, a NDEC foi alvo de ação civil por ter participado de um esquema que teria desviado R$ 30 milhões do Estado, no governo Zeca do PT, por meio da emissão de "notas frias". Seus proprietários, Armando Peralta Barbosa e Giovane Favieri, são investigados por ligação com suposto esquema de caixa 2 de campanha do PT em Mauá, em 2000.

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