Móveis continuam encaixotados

PUBLICIDADE

Por Silvia Amorim
Atualização:

O caso emblemático de desperdício de dinheiro público no Legislativo paulista aconteceu em 2006, quando foram comprados móveis para a nova ala de gabinetes sem que a obra estivesse concluída. Até hoje a construção não terminou e os móveis, que custaram R$ 2,4 milhões, estão empilhados pelos cantos da Casa. Na semana passada, parte das caixas com poltronas que estavam na entrada da Assembleia foi transferida para o antigo refeitório, interditado pela Vigilância Sanitária no mês passado. No ano passado, muitos móveis foram encaminhados para um depósito cedido pelo governo estadual. Eles estavam abrigados na obra e tiveram as caixas de papelão rompidas, danificando o mobiliário. São cadeiras, poltronas, mesas e armários importados dos Estados Unidos. Em 2007, as caixas serviram de base para a decoração de Natal da Casa. Depois de sucessivos atrasos e aumento de custo, a promessa agora é que o novo prédio seja entregue no fim de julho. O custo da obra, orçada em R$ 10 milhões, já subiu para R$ 26,8 milhões - 168% a mais. Revisão do projeto foi a justificativa dada pela Assembleia para o reajuste de preço. O ex-presidente da Assembleia Rodrigo Garcia (DEM), que iniciou a construção, hoje secretário de Desburocratização do prefeito Gilberto Kassab (DEM), chegou a "inaugurar" o novo prédio dias antes de deixar a presidência da Casa, em março de 2007.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.