BRASÍLIA - Quatro horas depois da deflagração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) , motoristas que passavam em frente ao Palácio do Planalto faziam buzinaços e gritavam palavras contra a presidente. Em São Paulo, ato do Movimento Brasil Livre (MBL) foi à Avenida Paulista para comemorar a decisão de Cunha.
Cunha anunciou a abertura do impeachment às 18h38. Duas horas depois, Dilma fez um pronunciamento no Palácio do Planalto em que se disse confiante de que o processo será arquivado.
Em seu discurso, Dilma disse que não há motivos para a abertura de um processo de impeachment contra ela. Dizendo-se "indignada", ela mandou um recado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao dizer que não possuía conta no exterior e nunca ocultou patrimônio pessoal.
Em agenda, divulgada nesta noite pelo Planalto, a presidente não tem compromissos para amanhã, apenas despachos internos. Há a previsão, entretanto, é que os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoni (Secretaria de Governo) reúnam-se com líderes da base aliada da Câmara, no Palácio, às 10h30.