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Motorista tenta atear fogo ao corpo em frente ao Planalto

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Por Agencia Estado
Atualização:

Desesperado por ter sido desligado do Serviço de Proteção Especial ao Depoente da Polícia Federal, o motorista Reginaldo Oliveira do Nascimento, de 45 anos, tentou atear fogo ao próprio corpo, nesta tarde, diante do Palácio do Planalto. Com as vestes encharcadas de álcool, Nascimento fez menção de acender um isqueiro quando foi contido por bombeiros, que o empurraram no espelho d?água. Um dos bombeiros chegou a cair na água junto com ele. O motorista denunciou, na Paraíba, um esquema envolvendo juízes e policiais com o tráfico de drogas. ?Se eu voltar pra lá, vou ser morto?, disse. A Polícia Federal alega que Nascimento foi desligado do programa por ter desrespeitado normas de segurança previamente acertadas, saindo da casa sozinho várias vezes. Muito abatido, o motorista estava vivendo desde fevereiro com mulher, filho, nora e uma neta numa casa alugada pela Polícia Federal, em local mantido em sigilo no Distrito Federal. Disse que a família passava fome na casa e que teve de sair para comprar remédios para a neta de quatro anos, subnutrida. No dia 18 de abril, o ajudante de pedreiro José Antônio Andrade de Souza, do Espírito Santo, morreu por falência múltipla de órgãos depois de atear fogo ao corpo, também em frente do Planalto. Souza estava desempregado e queria falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não conseguiu. Hoje, com vários litros de álcool nas mãos, o motorista Nascimento repetia insistentemente que queria conversar com Lula. ?Não podemos voltar para a Paraíba?, dizia. ?Ele está muito desesperado?, afirmava, em prantos, seu filho Cléber Pereira do Nascimento, que acompanhou o pai ao Planalto.

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